sexta-feira, 1 de março de 2019

RESUMÃO DE LITERATURA BRASILEIRA




Literatura Informativa - literatura composta por documentos a respeito das condições gerais da terra conquistada.
A Carta de Pero Vaz de Caminha - Duas viagens ao Brasil, de Hans Staden - Viagem à terra do Brasil, de Jean de Léry - Registro da antropofagia e descrição dos costumes indígenas II - Literatura Jesuítica (José de Anchieta).

BarrocoSurgiu na Europa, meados do século XVI - Brasil, início do século XVII. cultismo (exagero e rebuscamento formal) e conceptismo (exagero no plano das idéias) são manifestações de excesso da literatura barroca. Características: Arte da Contra-Reforma. Conflito entre corpo e alma. Temática do desengano (o desconcerto do mundo).  Linguagem ornamental, complexa. Gregório de Matos (Boca do Inferno) - Padre Antônio Vieira.

Arcadismo (ou Neoclassicismo) - Arte ligada ao Iluminismo. Oposição ao barroco. Racionalidade. Simplicidade e clareza.  Imitação dos clássicos. Imitação da natureza campestre. Bucolismo: adequação do homem à harmonia e serenidade da

natureza. Relação com a Inconfidência Mineira. Tomás Antônio Gonzaga (Marília de Dirceu) foi degredado e Cláudio Manuel da Costa (Obras poéticas) suicidou-se na prisão. Silva Alvarenga (Glaura) - Basílio da Gama (O Uruguai) morte de Lindóia. Santa Rita Durão (Caramuru) morte de Moema.

Romantismo - Fins do século XVIII, apogeu na 1ª. metade do século XIX. Ascensão da burguesia. Implantação definitiva do capitalismo. Individualismo e subjetivismo. Sentimentalismo. "Mal do século" (o tédio). Culto à natureza. Sonho, fantasia, tendência à idealização. Escapismo: tendências suicidas, culto da morte, criação de mundos imaginários, entrega ao álcool e à orgias. Liberdade artística. Desobediência às regras clássicas. Brasil: Início: 1836 - Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães. Fim: Década de 1870, morte dos últimos românticos importantes: Castro Alves e José de Alencar. Autores: Gonçalves de Magalhães (Suspiros poéticos e saudades). Gonçalves Dias (I-Juca Pirama).
Real-Naturalismo - II metade do século XIX - Objetivismo e impessoalidade. Busca da verossimilhança. Pessimismo. Racionalismo. Análise psicológica. Análise social. Arte vinculada às novas teorias científicas e ideológicas européias (Evolucionismo, Positivismo, Determinismo, Socialismo, Medicina Experimental).  , o homem é produto do meio (Taine). Naturalismo: mais sociológico e biológico. Tobias Barreto. Sílvio Romero. Aluísio Azevedo (O mulato – O cortiço). Machado de Assis (Memórias póstumas de Brás Cubas).

Simbolismo - Crise da concepção positivista. A palavra tem poder de evocar sensações. Culto da beleza. Religiosidade. Gosto pelo incompreensível. O mundo sensível não é o real (Platão). Expressa a essência e não a coisa. A coisa é apenas sugerida. Cultivo da musicalidade. Ruptura da métrica tradicional, Surgimento do verso livre. Concepção mística do mundo. Manifestação da maiúscula alegorizante. Sugestão de alvura e transparência como evocação da concepção mística. Interesse pelo indefinido e pelo mistério. Alienação social. Oposição à rigidez do Parnasianismo. 1893 - Missal e Broquéis - Cruz e Sousa. Alphunsus de Guimarães

Parnasianismo - Ruptura com a visão de mundo romântica. Rigor e culto da forma. Impessoalidade. Objetivismo. Vocabulário aristocrático. Rima rica e metro perfeito. Predominância da forma sobre o conteúdo. Inspiração na Antigüidade clássica. Valorização das formas fixas (soneto, balada, rondó). Valorização do verso alexandrino. Não há preocupação social. Alberto de Oliveira, Raimundo Correia, Olavo Bilac, Vicente de Carvalho.

Simbolismo X Parnasianismo - Subjetividade X Objetividade - Interiorização X Exteriorização - Espiritualidade X materialismo. O parnasianismo continuou a dominar, sufocando o simbolismo que se tornou “marginal”. Cruz e Sousa só foi valorizado após sua morte.

Pré-Modernismo - 1902 a 1922 - grupo passadista (parnasianos e simbolistas retardatários) - grupo renovador (sob variadas linguagens, com predomínio da prosa neo-realista, um conjunto de escritores – sem um projeto comum – tenta olhar para o país de uma forma mais ou menos crítica. eclético (mistura de várias tendências). Euclides da Cunha (Os Sertões). Graça Aranha (Canaã). Augusto dos Anjos (inclassificável).

Modernismo - A Semana de Arte Moderna - Antecedentes europeus: as vanguardas: Futurismo, Cubismo, Dadaísmo. Antecedentes brasileiros: publicação, em 1917, de diversos livros de poemas em que jovens autores buscavam uma nova linguagem, ainda não bem realizada. (Nós, de Guilherme de Almeida; Juca Mulato, de Menotti del Picchia; Cinza das horas, de Manuel Bandeira; e Há uma gota de sangue em cada poema, de Mário de Andrade). A célebre exposição de Anita Malfatti, em 1917, e que foi duramente criticada por Monteiro Lobato em seu célebre artigo Paranóia ou mistificação. Jovens artistas paulistanos saíram, então, em defesa da pintora, criando uma polêmica que os ajudou a formar um grupo desejoso de mudar a arte e a cultura brasileira.

A semana de Arte Moderna - Realizada em fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, a Semana representou a ruptura barulhenta com os princípios estéticos do passado.

A proposição de uma "semana" (na verdade, foram três noites) implicava uma amostragem geral da prática modernista. Programaram-se conferências, recitais, exposições, leituras, etc. O momento mais sensacional deu-se na segunda noite, quando Ronald de Carvalho leu um poema de Manuel Bandeira: Os sapos, uma ironia corrosiva aos parnasianos que ainda dominavam o gosto do público. Principais participantes da Semana: Mário de Andrade - Oswald de Andrade - Graça Aranha - Ronald de Carvalho - Menotti del Picchia - Guilherme de Almeida - Anita Malfatti - Di Cavalcanti – Villa-Lobos - Guiomar Novaes.
Pós-Modernidadelegitimação da pluralidade. Desestruturação do enredo. Ficcionalização de outros gêneros. Realismo mágico. Poesia marginal. Poesia concreta. Música – Autores: Raquel de Queirós (O Quinze). Cecília Meireles (O romanceiro da Inconfidência). Guimarães Rosa (Grande Sertão: Veredas). Jorge Amado (Gabriela, cravo e canela). Ferreira Gullar (A Luta Corporal, Poema Sujo). Antônio Callado (Quarup). José J. Veiga (A hora dos ruminantes, Os cavalinhos de Platiplanto). Lygia Fagundes Telles (Antes do baile verde, As meninas). João Cabral de Melo Neto (Morte e Vida Severina) Dalton Trevisan (Novelas nada exemplares, O vampiro de Curitiba). Ignácio de Loyola Brandão (Não verás país nenhum, Zero). Vinícius de Moraes. Torquato Neto. Paulo Leminski. Mário Quintana. Luís Fernando Veríssimo. Rubem Braga. Décio Pignatari, Haroldo de Campos e Augusto de Campos. Chico Buarque de Holanda. Etc.

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