sexta-feira, 1 de março de 2019

RESUMÃO DE LITERATURA PORTUGUESA




Trovadorismo - Início: 1189 (ou 1198?) Cantiga da Ribeirinha, de Pai Soares de Taveirós. Considerada a mais antiga. Término: 1385 Fim da dinastia de Borgonha. O período reúne basicamente poemas feitos pelos trovadores. É contemporâneo às lutas pela independência e ao surgimento do Estado português. A poesia era cantada (daí o nome de cantiga). A poesia trovadoresca era feita em galego-português e sua divulgação era oral. A partir do final do século XIII as cantigas foram copiadas em manuscritos chamados cancioneiros. Três desses livros chegaram até nós: Cancioneiro da Ajuda; Cancioneiro da Vaticana; Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa.

Gêneros: lírico (cantigas de amigo, cantigas de amor) e satírico (cantigas de escárnio, cantigas de maldizer).

Cantigas de amigo: Voz lírica feminina; Tratamento dado ao namorado: amigo; Expressão da vida campesina e urbana; Amor realizado ou possível - sofrimento amoroso; Simplicidade - pequenos quadros sentimentais; Paralelismo e refrão; Origem popular e autóctone (isto é, na própria Península Ibérica)

Cantigas de amor: Voz lírica masculina; Tratamento dando à mulher: mia senhor; Expressão da vida da corte; Convenções do amor cortês: Idealização da mulher; Vassalagem amorosa; Expressão da coita; Origem provençal.

Cantigas de escárnio: indiretas; uso da ironia e do equívoco.

Cantigas de maldizer: diretas, sem equívocos; intenção difamatória; palavrões e xingamentos



Classicismo - Início: Sá de Miranda traz da Itália o soneto e outras inovações. Término: decadência de Portugal e domínio Espanhol. (1580) - Renascimento, renovação cultural. Crescimento da burguesia. Aumento das atividades econômicas. Melhoramentos técnicos e invenções. Grandes navegações. Arte e cultura greco-romana. Antropocentrismo. Surgimento das universalidades. Reforma e contra-reforma. Portugal busca novo caminho para as Índias. Onda de ufanismo. Racionalismo / universalismo. Perfeição formal. Camões épico - Os Lusíadas, 1572. Recria a história do povo português usando a Antigüidade greco-romana como pano de fundo. Poema narrativo com a figura de um herói: Vasco da Gama. Estrutura: Dez cantos divididos em cinco partes: proposição, invocação, dedicatória, narração e epílogo. Os episódios mais importantes: A Morte de Inês de Castro, O Velho do Restelo, O Gigante Adamastor, A Ilha dos Amores. Inês de Castro e a Ilha dos Amores são episódios com características líricas dentro do épico. Camões lírico - Dois tipos: seguindo o modelo medieval - medida velha e seguindo o modelo Renascentista. Temas: o amor, a busca da perfeição, o desconcerto do mundo, a mudança constante de tudo, a pátria, Deus, a figura feminina. Procura o universal. O amor é abordado através da antítese amor platônico X amor carnal. Figura idealizada da mulher X beleza física. Presença de antíteses e paradoxos.



Humanismo - Início: 1434 - Fernão Lopes é nomeado cronista-mor do Reino. Término: 1527 - Francisco de Sá de Miranda inicia o Renascimento em Portugal. Implantação da dinastia de Avis (1383-1385) - Consolidação da independência. Desenvolvimento do comércio. Formação do império colonial português. A língua portuguesa firma-se como língua independente. Declínio das características medievais. Abandono progressivo do teocentrismo. Florescimento da prosa. Declínio da poesia. Poesia palaciana (Cancioneiro Geral, de Garcia Resende, 1516). Autonomia em relação à música. Métrica. Surgem os livros impressos. Influência de Petrarca. Fernão Lopes: 1418 - guarda-mor da Torre do Tombo. 1434 - cronista-mor, Das crônicas que escreve, só restam três: Crônica de D. Pedro. Crônica de D. Fernando. Crônica de D. João I (1ª e 2ª partes). Sucessores de Fernão Lopes: Gomes Eanes de Zurara - a partir de 1454. Rui de Pina - a partir de 1497. Investigação crítica das fontes. Apresenta painel de uma coletividade. Considera causas econômicas dos fatos. Possui o dinamismo das novelas de cavalaria. Gil Vicente: Mentalidade medieval. teatro alegórico. teatro de tipos. Rupturas da linearidade do tempo e despreocupação com a verossimilhança. Teatro cômico e satírico. 



Barroco - Séculos XVII e XVIII - Dom Sebastião desaparece na Batalha de Alcácer Quibir. Portugal passa ao império espanhol. declínio comercial e naval. Portugal perde colônias para a Holanda. Surge o sebastianismo. Restaura-se a Coroa e Portugal se torna independente, 1640.  Novo período de riqueza graças ao ouro em Minas Gerais. Espanha e Portugal tornaram-se baluartes da Contra-Reforma, séculos XVI, XVII e XVIII. Sóror Mariana do Alcoforado - 1640-1723. (Cartas portuguesas). Pe. Antônio Vieira (sermões)



Arcadismo - século XVIII - Riquezas do ciclo do ouro de Minas Gerais. Desperdício, obra monumentais. Manutenção da Inquisição. Influência aristocrática e clerical.

Monarquia absolutista. Marquês de Pombal, ministro de D. José I expulsa os jesuítas. Manuel Maria Barbosa du Bocage (sonetos).



Romantismo – Início: poema Camões, de Almeida Garrett (1825) Final: Questão Coimbrã (1865) Portugal alia-se à Inglaterra contra a França. Figa de D. João VI para o Brasil. Intervenção inglesa. Muitos conflitos. Almeida Garrett (Viagens na Minha Terra). Alexandre Herculano (Eurico, o Presbítero). Camilo Castelo Branco (Amor de Perdição). Júlio Dinis (As Pupilas do Senhor Reitor).



Realismo-Naturalismo – Início: Questão Coimbrã, 1865. Antero de Quental (poemas e sonetos). Eça de Queirós (O crime do padre Amaro).



Modernismo – Início: Fundação da Revista Orpheu, 1915. Fernando Pessoa.



Pós-Modernidade – O autor contemporâneo mais conhecido de Portugal é José Saramago (O Evangelho Segundo Jesus Cristo, Memorial do Convento). É o único autor da língua portuguesa que já recebeu o prêmio Nobel de literatura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário